15. Sonic Youth - The Eternal
Dedicado ao guitarrista dos Stooges, falecido uns meses antes da edição deste álbum, os Sonic youth fizeram em 2009, o seu 16º álbum e 28 anos de existência. E continuam a ser os Sonic Youth de antigamente, que continuam a influenciar os de hoje. Não é uma paixão pessoal, mas é um gozo enorme ter mais de 30 anos e ouvir um álbum com o mesmo prazer que me deu ouvir o Dirty em 1992. Imperdível para fãs e “wannabe’s”.
14. The Field - Yesterday and Today
Não é novidade para os que me estão mais próximos que The Field marca-me de uma maneira especial. O primeiro àlbum deste sueco (Axel Willner) despertou-me para o mundo do electo-minimal, tornando-se num dos estilos de música da minha preferência. Impossível repetir algo tão sublime, mas ainda assim, suficiente para entrar na minha lista de preferências de 2009. John Stainer dos Battles tem uma participação especial neste álbum.
13. Zoot Woman - Things Are What They Used To Be
De Inglaterra, chega-nos o terceiro àlbum de originais deste trio (que se transforma em quarteto quando tocam ao vivo). Alguns singles lançados em anos anteriores, estão incluidos neste trabalho recheado de alma, algo díficil de encontrar nos dias de hoje. Album essencial em qualquer playlist de 2009 no que toca aos ritmos mais electrónicos.
12. Grizzly Bear – Veckatimest
Terceiro àlbum de originais. Em Yellow House a fasquia ficou muito alta. Mas estes senhores não conseguem fazer trabalhos maus. Ao nível dos melhores entre o género. Impressionante o facto de ser a única banda indie-rock que faz parte da prestigiada label electrónica Warp Records. Aproveitem este Inverno, numa manhã de chuva, aproximem-se da janela, ponham os vossos phones, carreguem em play, e deixem-se levar pela banda sonora perfeita.
11. Fuck Buttons - Tarot Sport
Confesso que este ano quando me fizeram chegar o novo àlbum fiquei “de pé atrás”. Por muito que tentasse, não me conseguia esquecer do experimentalismo do primeiro àlbum. E ainda para mais distava apenas um ano do àlbum anterior. Mas ao segundo trabalho, estava fechado: este é um dos meus sons preferidos do ano. A ouvir com atenção para quem se quer aventurar pela onda experimentalista do electro.
10. Fever Ray - Fever Ray
Em 2006, como vocalista dos The Knife já tinha tido o reconhecimento da comunidade indie/rock/electro com o trabalho Silent Shout. Este ano, Karin Andersson, no seu primeiro trabalho a solo, intitula-se Fever Ray. É Impressionante como num país frio como a Suécia, todos os anos surgem daquelas paragens, artistas capazes de nos aquecer o coração. Passei dois meses deste ano em que este álbum fez parte da minha playlist diária. Como curiosidade foi a banda sonora oficial das manifestações na cimeira do ambiente em Copenhaga. Alerto que a audição em excesso deste àlbum pode absorver-vos para um mundo de fantasia. Recomendável.
9. Passion Pit - Manners
Mais um ábum de estreia da primeira metade do ano, com um som único. O membro fundador da banda, tinha como objectivo fazer umas músicas para a namorada e oferecê-las no dia dos namorados. Acabou nisto. É fresco, é alegre, é cheio de ondas positivas. Para ouvir e dançar com um sorriso de orelha a orelha.
8. Animal Collective - Merriweather Post Pavilion
O ano musical começou logo nos primeiros dias de Janeiro com mais um álbum dos Animal Collective. Já lá vão oito. E uma vez mais, impossível passar ao lado. São os reis do estilo “Animal Collective”. Sim, é pop-electrónico, mas é feito de uma forma muito especial. Não é do outro mundo, mas é de audição obrigatória. Durante várias semanas. Até cansar. Excepto o My Girls. Não cansa.
7. Japandroids - Post Nothing
Dueto que queria ser trio mas não encontrou vocalista. Um toca guitarra com muita distorção, o outro toca bateria. Ambos decidiram cantar. Mas aqui a voz é o que menos conta. Isto é rock de garagem do bom, bem ao estilo dos anos 90. As primeiras vezes que ouvi, só me lembrava dos velhinhos Nada Surf. Transpira energia . Álbum de estreia que promete.
6. Bat For Lashes - Two Suns
5. Gui Boratto - Take my breath Away
O set de 3 horas que fez no Lux ficará registado como um dos dias mais felizes do meu ano de 2009. Este arquitecto brasileiro que começou a fazer “jingles” comerciais, é na minha opinião muito pessoal, o actual expoente máximo mundial do som minimal. Mais um ano em cheio para a label Kompakt, já que para além de mais um álbum de The Field, também foram brindados com este trabalho fenomenal de Gui Boratto. Recomendo vivamente.
4. Atlas Sound – Logos
Pelo segundo ano consecutivo, Bradford Cox, lança mais um álbum do seu projecto a solo Atlas Sound. O vocalista dos Deerhunter (que passaram em Junho pelo LUX ), convida-nos uma vez mais a uma viagem sonora ao mundo de uma alma introvertida e prisioneira de uma forma física com a qual teve que aprender a viver. O melancolismo aqui é rei, a sensibilidade é a rainha. O resultado é um álbum imperdível para apreciadores do género.
3. Neon Indian - Psychic Chasms
Tinha que constar do pódio. Fiquei estupefacto da primeira vez que ouvi este álbum. Meia hora de belo synth-pop, com riffs de Korg que percorrem a espinhal-medula até ao cortex e activa todas as memórias do ínicio de adolescência. Profundamente nostálgico. É o álbum de estreia deste trio do Texas. Para viajar num mar de emoções horas a fio ao som de Psychic Chasms. Mais, quero mais.
2. The XX – XX
Em 2008 os MGMT com o seu àlbum de estreia, encantaram o mundo indie quase de uma forma unânime conseguindo a proeza(?) de entrar directamente no circuito mainstream. Este ano os XX conseguem o mesmo. Talvez de uma forma mais significativa, se levarmos em conta que este quarteto, tem na sua arte musical o envolver da alma numa manta de melodias profundas. Chega a ser perturbante a capacidade que têm de serenar o espírito. E o que perturba não é para todos. Ainda assim, todos parecem querer ouvir XX. Simplesmente brilhante.
1. Phoenix - Wolfgang Amadeus
Tive poucas dúvidas. Este é o meu álbum preferido do ano. Passaram vários meses desde que o ouvi pela primeira vez, e continuo a ouvir. Estes Franceses conseguem ao seu 4º álbum, atingir o estatuto de outras referências da sua terra natal (Air, Daft Punk). É daqueles àlbuns que entram como “porto-seguro”: se não sabes bem que som se adequa ao teu estado de alma ou se não estás com grande vontade de escolher seja o que for, então ouves o “porto-seguro”.
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